O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que vai conversar com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), sobre a possibilidade de o coronavírus se espalhar pelo mundo e chegar ao Brasil.

“A OMS está dando em um grau máximo a questão da possibilidade desse vírus se espalhar pelo mundo. Isso já aconteceu na questão do H1N1 e outros momentos da história. Temos que ficar preocupados. Vou agora de manhã atrás do Mandetta para tomar pé de fato do que está acontecendo até o momento”, afirmou Bolsonaro nesta terça-feira (28), de acordo com o portal G1.

Bolsonaro ressaltou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou a avaliação de risco internacional do vírus.

Perguntado se o Brasil seguiria outros países e retiraria cidadãos brasileiros da China, Bolsonaro disse que apenas uma família brasileira tem suspeita de infecção pelo vírus e que “não seria oportuno retirar de lá”.

“Pelo que parece, tem uma família na região lá onde o vírus está atuando. Não seria oportuno retirar de lá, com todo respeito. Pelo contrário. Não vamos colocar em risco nós aqui por uma família apenas. A gente espera que os dados da China sejam reais. [Que seja] só isso de pessoas contaminadas. Se bem que é bastante. Mas a gente sabe que esses países são mais fechados no tocante a informações”, disse.

Epidemia

A nova epidemia de coronavírus já matou 81 pessoas e infectou mais de 2 mil na China, de acordo com um balanço divulgado nesta segunda-feira (27). Relatos da doença foram identificados em ao menos 12 países.

A OMS emitiu o primeiro alerta para a doença em 31 de dezembro de 2019, depois de autoridades chinesas notificarem casos de uma então desconhecida pneumonia na cidade de Wuhan, metrópole chinesa com 11 milhões de habitantes, sétima maior cidade da China e a número 42 do mundo. O tamanho é comparável com a cidade de São Paulo, que tem mais de 12 milhões de habitantes.