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4 vacinas contra a Covid-19 que serão testadas em MS

Em todo o mundo, mais de 170 vacinas contra a covid-19 estão em fase de pesquisa

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Em todo o mundo, mais de 170 vacinas contra a covid-19 estão em fase de pesquisa — Foto: Getty Images via BBC

Quatro vacinas contra a Covid-19 serão testadas em Mato Groso do Sul, a da BCG, geralmente usada contra a tuberculose, a Coronavac, da empresa chinesa Sinovac Biotech, a da Janssen-Cilag, do grupo Johnson & Johnson e da farmacêutica francesa Sanofi. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) assinou na quarta-feira (7) um termo de cooperação técnica.

O secretário de Saúde Geraldo Resende, disse que em 10 dias deve começar a testagem da Coronavac e que em 15 dias começa a ser feito o cadastramento de voluntários para o teste da vacina da Janssen-Cilag.

No dia 19 de outubro, ocorre o lançamento da pesquisa que vai avaliar o uso da BCG. Os testes da Sanofi devem ficar para o início do ano quem vem. Mais de 5 mil pessoas participarão dos estudos.

Confira abaixo como estão os estágios de cada vacina:

Janssen-Cilag

Resultados preliminares e parciais apontam que a vacina desenvolvida pela Janssen-Cilag, do grupo Johnson & Johnson contra a Covid-19 é segura e induziu resposta imune mesmo após uma única aplicação.

Os resultados são referentes a uma parte dos participantes das fases 1 e 2, que foram conduzidas de forma conjunta. Eles ainda não foram revisados por outros cientistas – requisito necessário para publicação em revista científica – mas foram disponibilizados em um repositório on-line na sexta-feira (25).

A imunização, cujo nome oficial é Ad26.COV2.S, foi desenvolvida pela farmacêutica Janssen Pharmaceuticals, que pertence ao grupo J&J. A imunização foi a quarta a obter autorização de testes de fase 3 no Brasil, em agosto; na semana passada, a empresa anunciou que começaria a terceira etapa em todo o mundo, com 60 mil voluntários. No Brasil, segundo a Anvisa, haverá 7 mil participantes.

Coronavac

Há duas semanas, governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que 94,7% dos mais de 50 mil voluntários que participam de teste na China não apresentaram efeito adverso à Coronavac, vacina contra o coronavírus desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.

A pesquisa testou a segurança da vacina em 50.027 voluntários na China. De acordo com os dados divulgados pela gestão estadual, só foram percebidos efeitos adversos de grau baixo em 5,36% dos participantes. As reações mais frequentes foram dores leves no local da aplicação (3,08%), fadiga (1,53%) e febre moderada (0,21%). Os números foram divulgados em coletiva de imprensa.

"Os resultados dos estudos clínicos realizados na China mostraram baixo índice de efeitos adversos e de baixa gravidade. Efeitos adversos de baixa gravidade são comuns em vacinas amplamente utilizadas. A vacina da gripe, por exemplo, produzida pelo Instituto Butantan, apresenta efeitos pouco nocivos como dor no local da aplicação, e não mais do que 10% dos que são vacinados apresentam reação dessa natureza", disse o governador.

BCG

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) inaugurou nesta segunda-feira (5) a fase de testes para verificar se uma vacina da BCG, geralmente utilizada contra tuberculose, pode contribuir para a prevenção contra a Covid-19. A vacina, já adiantam os pesquisadores, não substituirá, porém, uma eventual imunização especifica contra o novo coronavírus.

Mil profissionais de saúde serão vacinados com a vacina BCG, geralmente aplicada para prevenir casos de tuberculose em crianças recém-nascidas.

O Ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marcos Pontes, acompanhou o início dos ensaios clínicos com a reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho.Ele afirmou que, com essa pesquisa, o país pode começar a pensar em outras pandemias que virão futuramente no Brasil.

“Quanto preparado nós estamos para as próximas pandemias que virão? Por isso que me sinto muito bem dentro das nossas universidades, principalmente como essa, que produz tanta ciência para o país”, disse ele durante o evento de inauguração, realizado em frente ao Hospital Universitário da UFRJ

Sanofi

A farmacêutica francesa Sanofi disse em setembro que iniciaria testes em humanos da vacina potencial contra o coronavírus, desenvolvida com a empresa britânica GSK, após testes preliminares com resultados promissores.

O lançamento dos testes de fase 1 e 2 representam uma "etapa importante e mais um passo para o desenvolvimento de uma vacina potencial para nos ajudar a vencer a Covid-19", disse o vice-presidente executivo da Sanofi Pasteur, Thomas Triomphe.

A vacina à base de proteína, de propriedade da Sanofi e usada para tratar a gripe, foi combinada com um complemento desenvolvido pela GSK, conhecido como adjuvante, que aumenta a resposta imunológica do receptor.

"Os testes pré-clínicos mostram um perfil de segurança e imunogeneidade promissores, ou seja, a capacidade de provocar uma resposta imunológica”, disse um comunicado da Sanofi.

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