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Família de menino morto por adolescente pede paz

Corpo de Vitor Peixin, 10 anos, foi encontrado em cima de telhado

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Passeata percorreu bairros e foi até o Centro da cidade - Foto: Nova News

Vestidos de branco e com cartazes pedindo paz, familiares e amigos de Vitor Figueiredo Rodrigues Peixin, 10 anos, realizaram uma passeata na manhã de ontem (17), em Nova Andradina. O menino foi encontrado morto no telhado de uma residência na última quarta-feira (13). Um adolescente confessou o crime.

Conforme o site Nova News, a passeata percorreu a cidade, saindo do Bairro Argemiro Ortega, onde a criança morava, até até a Praça das Águas, no Centro da Cidade. “Nenhuma criança deveria morrer, sobretudo pelas mãos dos homens, sobretudo pelas mãos daqueles que deveriam cuidar, proteger e amar", dizia um dos cartazes carregados pelos manifestantes.

Em luto, familiares fizeram uma homenagens ao menino, pediram justiça e paz.

CRIME

Conforme apurado, Vitor desapareceu por volta das 8 horas de domingo. O padrasto havia cortado o cabelo da criança que tomou banho e seguiu para a casa da avó materna, onde a mãe o esperava, pois iriam passar o dia comemorando aniversário de um familiar. O garoto saiu enquanto o padrasto tomava banho, por isso, nenhum adulto sabia, até então, o que havia ocorrido.

Como ele não chegou, a família passou a procurá-lo e acionou a polícia. Agentes do Serviço de Investigações Gerais (SIG) assumiram o caso. As informações colhidas apontavam que o menino tinha sido vítima de homicídio. Diante das evidências, os investigadores do SIG identificaram o adolescente de 17 anos como autor do crime. O adolescente infrator era filho do morador vizinho da casa onde a vítima foi encontrada.

O autor foi localizado e confessou com detalhes a ação. Ele disse que passou a madrugada de sábado para domingo em uma festa no Distrito Industrial e, ao amanhecer, foi para o Bairro Argemiro Ortega, onde mora o pai, se deparando com a criança andando pela rua. Ele a abordou oferecendo par de tênis, e a convenceu a acompanhá-lo até a casa do pai.

O adolescente sabia que os moradores estavam fora, pois haviam ido para o Distrito de Nova Casa Verde e retornariam apenas à noite. Sozinho com Vitor, ele tentou estuprá-lo, mas como não conseguiu porque houve reação, o enforcou até a morte.

Em seguida, colocou o corpo sobre os ombros e colocou sobre o telhado do imóvel ao lado. Por telefone, demonstrava preocupação e trocava áudios com a mãe, dizendo que havia matado alguém, mas não detalhava quem, e dizia que precisava fugir. O adolescente está apreendido e deve ser encaminhado para Unidade Educacional de Internação (Unei) em Dourados.

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