Empresário que não teve o nome divulgado foi preso na manhã desta quinta-feira (13), suspeito de integrar grupo que explorava adolescentes. A captura do homem ocorreu durante a Operação Força e Pudor II, em Bataguassu. Durante as diligências, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão.
A operação Força e Pudor II prendeu um empresário em Bataguassu, Mato Grosso do Sul, suspeito de integrar um esquema de exploração de adolescentes. Durante as buscas, foram apreendidos materiais que detalhavam a rotina do grupo, incluindo uma 'agenda de programas' com registros de encontros. As vítimas, com idades entre 14 e 16 anos, eram aliciadas por meio de aplicativos de mensagem, com promessas de dinheiro, presentes e celulares novos. A investigação aponta que o esquema funcionava há algum tempo, com a participação de uma adolescente que intermediaria os contatos entre vítimas e exploradores. A Polícia Civil busca identificar os clientes que sustentavam a prática criminosa. Até o momento, mais de cinco adolescentes foram reconhecidas como vítimas, e o número pode aumentar conforme a análise dos dados apreendidos.
Segundo a DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher), o grupo investigado tratava o aliciamento como atividade comercial. As vítimas tinham entre 14 e 16 anos e recebiam abordagens por aplicativos de mensagem. Os suspeitos ofereciam dinheiro, presentes e a promessa de celular novo para atrair as adolescentes. Os investigadores encontraram o mesmo padrão em diversas conversas analisadas nos aparelhos telefônicos apreendidos.
Durante as buscas, os policiais localizaram um material chamado de “agenda de programas'. O documento reunia registros de encontros marcados com as adolescentes, além de diálogos que detalhavam a rotina do grupo. A equipe concluiu que a organização do material indicava que o esquema já funcionava havia algum tempo.
A operação também cumpriu mandado na casa de uma adolescente investigada por intermediar contatos entre vítimas e exploradores. Os policiais analisam se ela ampliava o alcance do aliciamento ao usar vínculos entre jovens. A investigação aponta que o grupo se beneficiava dessas relações para alcançar novas vítimas.
Os depoimentos colhidos mostraram que os suspeitos usavam vantagens financeiras rápidas para atrair adolescentes. A promessa de um celular novo funcionava como isca porque o aparelho se tornava essencial para comunicação e estudo. As investigações consideram esse recurso um dos principais atrativos do grupo.
A Polícia Civil continua a investigação para identificar os clientes que mantinham o esquema. Os policiais afirmaram que esses clientes sustentavam a prática criminosa e responderão pelo envolvimento. A equipe já reconheceu mais de cinco adolescentes como vítimas e acredita que o número pode aumentar com a análise dos dados apreendidos.


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