A aliança entre PSDB e Podemos vai trazer mudanças significativas para o cenário político em Mato Grosso do Sul. Com a incorporação do Podemos, o PSDB ganha força e sobreviverá no Estado, pelo menos até 2028.
Com a incorporação, o Podemos desaparecerá e todos os membros do partido poderão até trocar de legenda. Já o PSDB sobreviverá obrigatoriamente, porque os vereadores do partido só poderão trocar de sigla na janela partidária de 2028.
A incorporação dará ao PSDB em Mato Grosso do Sul, por exemplo, a senadora Soraya Thronicke (Podemos). Já na Assembleia, o partido passará de seis deputados para sete, com a chegada de Rinaldo Modesto (Podemos).
Na Capital, o partido tem a maior bancada, com cinco vereadores eleitos. Com a fusão, ampliará a liderança, chegando a sete, com a incorporação de Clodoilson Pires (Podemos) e Ronilço Guerreiro (Podemos). No total, o partido chegará a 300 vereadores, sendo 256 do PSDB e 44 do Podemos.
A incorporação também mudará, obrigatoriamente, os planos dos líderes do partido, Eduardo Riedel (PSDB) e Reinaldo Azambuja (PSDB), que já estava de malas prontas para nova sigla.
Optando pela incorporação, o PSDB fechará as portas para os vereadores eleitos no ano passado, que só poderão sair do partido na janela de 2028. Com isso, Reinaldo e Riedel não poderão carrega-los para novo partido e, mais que isso, terão que continuar com alguém na sigla.
A mudança fará com que o PSDB continue como prioridade de Reinaldo e Riedel na eleição do próximo ano. O grupo já estudava distribuição do quadro em partidos aliados como Republicanos e PSD, mas agora terão que recalcular rota.
Os vereadores da Capital, por exemplo, que pretendem concorrer no próximo ano, terão que se candidatar, obrigatoriamente, no PSDB. É o caso dos vereadores Professor Juari (pretende concorrer a deputado federal) e Silvio Pitu, Flávio Cabo Almi e Victor Rocha, interessados na vaga de deputado estadual. O presidente da Câmara, Papy (PSDB), também pode concorrer, mas não definiu o cargo.
Os deputados estaduais e federais do partido poderão trocar no próximo ano, na janela partidária. Já Riedel e prefeitos podem deixar o partido a qualquer mandato, porque os cargos majoritários (inclui também senadores) são considerados do candidato e não da legenda.
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