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Ex-prefeito de Campo Grande é preso por condenação de corrupção de lavagem de dinheiro

Gilmar Olarte foi preso nesta quarta-feira (05) por determinação judicial, após trânsito em julgado de sentença que o condena a 8 anos e 4 meses de prisão em regime fechado.

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Gilmar Olarte na saída do Gaeco — Foto: Osvaldo Nóbrega/ TV Morena

O ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte, foi preso nesta quarta-feira (05), em cumprimento a decisão judicial por condenação pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Olarte foi condenado a 8 anos e 4 meses de prisão em regime fechado, em maio de 2017. Ele recorreu e aguardava os desdobramentos em liberdade. Com o trânsito em julgado mantendo a condenação, na última segunda-feira (03), o juiz Fernando Chemin Cury, determinou a prisão do ex-prefeito.

Segundo a assessoria da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), Olarte deu entrada no Presídio da Gameleira, de regime fechado, onde deve permanecer até seguir para o Centro de Triagem.

Corrupção e Lavagem de Dinheiro

Olarte e outras duas pessoas foram acusados de utilizar cheques de eleitores na campanha eleitoral de 2012, com a promessa de empregos na administração municipal. Na época, Olarte era candidato a vice-prefeito na chapa de Alcides Bernal, que se elegeu prefeito, mas foi cassado pela Câmara de Vereadores em março de 2014 e voltou ao cargo em agosto de 2015. Em muitos casos, os donos do cheque não tinham dinheiro para compensação, passaram a ser cobrados e tiveram o nome incluso nas listas de devedores.

A ação penal é resultado de investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que começou em outubro de 2013, mas veio à tona após a prisão de Ronan Feitosa no dia 11 de abril de 2014, em São Paulo. Segundo o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MP-MS), a dívida das vítimas que caíram no golpe poderia totalizar R$ 1 milhão.

Os valores obtidos com a suposta lavagem de dinheiro, segundo a investigação, teriam sido usados para a “compra de vereador”. Na época, a defesa de Olarte disse que não houve compra de vereador, que não havia relação do ex-prefeito com os empréstimos e que as pessoas “utilizaram o nome do político para obter vantagens”.

O TJ-MS recebeu, no dia 13 de novembro de 2014, a denúncia contra Olarte, feita pela Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público Estadual. O processo tem mais de três mil páginas.

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