Publicado em 15/12/2017 às 18:17, Atualizado em 15/12/2017 às 21:23
Carolinie Figueiredo dividiu com os fãs uma decisão definitiva em sua carreira na noite dessa quinta-feira (14).
Carolinie Figueiredo dividiu com os fãs uma decisão definitiva em sua carreira na noite dessa quinta-feira (14).
Intérprete de papéis divertidos como o de Domingas na “Malhação”, Carolinie desabafou pelo Instagram, revelando que não quer mais ser atriz e que já tem uma nova profissão. “Agora estou começando a abraçar mais uma morte importante: a morte da atriz. Talvez eu nunca deixe de ser atriz, talvez seja o rótulo / ocupação mais antigo que tenho. Acontece que desde que meu segundo filho nasceu, ser atriz não é mais minha ocupação principal, não é mais como eu pago minhas contas, mas ainda é como eu me apresento porque isso ainda me trás status, pertencimento e reconhecimento (e digo de mim mesma). Deixar essa morte acontecer não significa que não vá mais atuar, porque o ser artista / criativa / criadora vai estar em mim para sempre. Mas a idealização de carreira, a associação de sucesso e abundância financeiro ligado à minha carreira de atriz, isso precisa morrer. Porque hoje sou terapeuta (minha mão ainda treme ao escrever). Porque sou educadora parental. E mesmo fazendo um trabalho lindo que impactou e transformou tantas famílias, mulheres e pessoas, algo em mim colocava minhas ocupações em segundo plano porque a atriz-ego-gigante, a atriz-que-espera-a-novela-das-oito ocupava todos os espaços. Essa precisa morrer e junto com ela tudo que ainda me impede de assumir quem sou. Morrer para algo novo renascer. E abraçar e acolher essa que agora sou. Essa que é a construção de tudo que também não me aconteceu. E em você: o que precisa morrer?”, escreveu. Seu último papel na televisão foi na novela “Sangue Bom” da Globo em 2013.
Recentemente, ela, que é mãe de dois filhos: Theo e Bruna, se divorciou de seu marido Guga Coelho, com quem estava há mais de seis anos. Comovida, falou sobre como se sente como o fim das ilusões de uma família perfeita. “Essa foto tem mais de sete anos. Antes dos filhos, antes de tudo virar de cabeça pra baixo. Um processo doloroso onde precisei ver morrer o meu eu idealizado. Comecei deixando morrer a idealização da maternidade quando assumi ser mãe aos 21 e logo novamente aos 23. Foi doloroso ver que na realidade o cuidar e o Maternar era bem diferente daquilo que imaginava. Depois passei por um longo processo de aceitar a morte da idealização da “família perfeita”. Separei quando o pequeno tinha menos de um ano e foi bem doloroso para todo mundo perceber que aquela relação estava desgastada e que seria mais coerente para todos que “papai e mamãe tivessem duas casas, mas que continuariam amando muito vocês”. Mesmo sabendo que o casal não funcionava mais, ver desmoronar o projeto de família, aquilo que desde pequena escuto sendo como ideal, é um processo gigantesco que só quem passou sabe como é”, disse com sinceridade.