O ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Pucccinelli (PMDB), foi homenageado por deputados nesta semana e ainda ganhou o título de cidadão sul-mato-grossense, que – por incrível que pareça – ainda não possuía. O evento ocorreu na terça-feira (17), mesmo dia que Aécio Neves era salvo pelos senadores em Brasília. Juntos, os fatos mostram que não existe mais vergonha nenhuma no País.

Logo ele

Puccinelli é homenageado justamente no ano em que enfrenta o maior número de denúncias de corrupção de sua vida. São ‘suspeitas’ pesadas. De um lado, a Lama Asfáltica afirma que o peemedebista seria ‘chefe’ de um grupo criminoso que dilapidou os cofres estaduais, através de falcatruas em licitações. Neste ano, chegou a usar tornozeleira eletrônica.

E mais

Na mesma semana que recebe o nobre título de cidadão sul-mato-grossense, o governador aparece mais uma vez nos holofotes de denúncias nacionais. Dessa vez foi citado por Lúcio Funaro, apontado como operador de Eduardo Cunha. Na fala, ele cita Puccinelli e Ivanildo Cunha Miranda, que ajudariam a ‘trocar’ propina por benefícios fiscais em MS.

E daí?

Mesmo assim, a bancada do PMDB pouco se importou com as denúncias e com a revolta popular. Homenageou com pompas o ex-governador, e ainda posou para fotos, como a que ilustra esse Pelos Cotovelos.

Falta I

Porém, não só Puccinelli foi homenageado. Foram outras 74 pessoas que receberam o título de cidadão sul-mato-grossense. Quem fez falta foi o atual governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), que não compareceu ao evento e enviou o secretário estadual de Gestão Estratégica, Eduardo Ridel, como representante.

Falta II

A ausência de Azambuja foi sentida na noite que estavam presentes nomes importantes como a vice-governadora Rose Modesto (PSDB), o general de Exército José Carlos Braga de Avellar, o reitor da UEMS, Fábio Edir, o reitor da UFMS, Marcelo Turine, o desembargador Claudionor Miguel Abss Duarte, presidente da Assetur, João Rezende, o prefeito de Três Lagoas, Angelo Guerreiro (PSDB), o prefeito de Jateí, Eraldo Leite (PSB), entre outros nomes, além do próprio Puccinelli.