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Vereadores são presos em Dourados em operação que investiga fraudes em licitações

A operação investiga esquema de pagamento de propina em troca de aprovação de empresas fantasmas em licitações.

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Três vereadores foram levados da Câmara Municipal de Dourados na operação Cifra Negra nesta quarta (5). — Foto: Ministério Público de MS/Divulgação

Três vereadores foram presos em Dourados (MS) na tarde desta quarta-feira (5), por suspeita de envolvimento em esquema de pagamento de propina para fraudar licitações. Foram levados pela polícia o 1º Secretário da Mesa Diretora, Pedro Pepa (DEM), Idenor Machado (PSDB) e Cirilo Ramão (MDB). Também foram presos o ex-vereador Dirceu Longhi (PT), e o ex-servidor da Câmara, Amilton Salinas. Documentos também foram levados pelos agentes.

O G1 entrou em contato com os vereadores investigados. As assessorias dos vereadores Pedro Pepa, do Democratas e do Idenor Machado, do PSDB disseram que não vão se pronunciar sobre o assunto. Não conseguimos contato com o vereador Cirilo Ramão, do MDB. A presidente da Câmara, Daniela Hall, deve conceder coletiva de imprensa nesta quinta-feira (6).

Ministério Público Estadual e Polícia Civil cumprem ao todo 10 mandados de prisão e 1 de busca e apreensão em Dourados e Campo Grande. A operação investiga crimes de fraude à licitação e corrupção ativa e passiva, que aconteceriam no âmbito da Câmara Municipal de Dourados há pelo menos 8 anos.

Segundo o Ministério Público, em diversos processos licitatórios, as empresas concorrentes eram "cartas marcadas". A investigação aponta que algumas delas existiam apenas no papel, para simular uma concorrência nas licitações, e como na verdade não havia disputa, os valores dos contratos destes processos eram muito altos.

De acordo com o MP, para garantir que o esquema funcionasse, as empresas repassavam valores mensais a servidores públicos, entre eles, vereadores membros da Mesa Diretora da Câmara à época. Segundo a Polícia Civil, 3 vereadores foram levados da Câmara de Dourados na tarde desta quinta-feira.

A decisão que decretou as prisões preventivas e a expedição dos mandados de busca e apreensão, foi do Juiz titular da 1° Vara Criminal da Comarca de Dourados, Luiz Alberto de Moura Filho.A operação Cifra Negra é um esdobramento de duas operações anteriores, Telhado de Vidro e Argonautas, investiga "crimes do colarinho branco".

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