O PSL de Mato Grosso do Sul, sigla partidária que apoia a candidatura do Jair Bolsonaro, prepara o que o já chama de a “maior carreata política” em Campo Grande.
Dia 30 deste mês, próximo domingo, donos de ao menos 500 veículos entre carros e motocicletas confirmaram que vão ao evento que começa a partir das 15h, nos altos da Avenida Afonso Pena e a previsão é a de seguir por toda a extensão da via principal da cidade. Autoridades ligados ao trânsito confirmaram um esquema de segurança no trajeto.
Loester Souza, conhecido como Tio Trutis, candidato a deputado federal pelo PSL, disse que o partido já promoveu carreatas pró-Bolsonaro em diversas cidades de MS.
“Daqui até o dia 30 carreatas vão tomar as ruas de dez municípios de MS, entre eles Dourados, Nova Alvorada, Costa Rica, Coxim e São Gabriel do Oeste”, disse Trutis, que assegurou que por onde passou a “onda Bolsonaro”, o “sucesso foi total”.
Ele afirmou ainda que todo o manifesto tem sido bancado pelos próprios participantes.
Tio Trutis disse que não fosse o atentado sofrido pelo capitão da reserva do Exército, deputado federal, Bolsonaro, dia 6 deste setembro, em Juiz de Fora (MG), o presidenciável teria vindo a Campo Grande no dia 14 passado.
Bolsonaro foi esfaqueado enquanto era carregado por seguidores. Adélio Bispo de Oliveira, 40, que atacou o candidato foi detido de imediato e hoje cumpre prisão em presídio federal, em Campo Grande. O presidenciável recupera-se em hospital de São Paulo.
Ainda segundo Tio Trutis, o PSL de MS negocia a vinda de um dos filhos de Bolsonaro a Campo Grande, antes de eleição, dia 7 de outubro.
Bolsonaro entrou na política em 1991 e, desde então, ocupou sete mandatos na Câmara Federal. Polêmico, o candidato defende ideias combatidas como liberação de uso de armas e de planos trabalhistas que contrariam principalmente as mulheres.
Em 2014, por exemplo, numa entrevista ao jornal gaúcho Zero Hora, Bolsonaro disse: “eu sou liberal. Defendo a propriedade privada. Se você tem um comércio que emprega 30 pessoas, eu não posso obrigá-lo a empregar 15 mulheres. A mulher luta muito por direitos iguais, legal, tudo bem. Mas eu tenho pena do empresário no Brasil, porque é uma desgraça você ser patrão no nosso país, com tantos direitos trabalhistas. Entre um homem e uma mulher jovem, o que o empresário pensa? ‘Poxa, essa mulher tá com aliança no dedo, daqui a pouco engravida, seis meses de licença-maternidade…’”.
Dia 29 deste mês dois eventos discutem a candidatura de Bolsonaro, em Campo Grande. Na praça do Rádio Clube, por exemplo, também na Avenida Afonso Pena, por Facebook, mulheres contrárias e a favores do presidenciável convocam pessoas para participarem do evento.
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