Publicado em 04/12/2023 às 07:04, Atualizado em 04/12/2023 às 13:05
A defesa de Lula pediu R$ 1,5 milhão de indenização afirmando que a acusação era 'ofensiva' e 'mentirosa'.
O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) condenou o ex-senador Delcídio do Amaral, que foi um grande expoente de Mato Grosso do Sul enquanto esteve no PT, a indenizar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em R$ 10 mil por danos morais.
Na avaliação dos desembargadores, a acusação de que Lula tentou obstruir a Justiça, interferindo no processo de delação premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, em 2016, não foi comprovada durante os anos de investigação da Lava Jato.
O ex-senador, que chegou a ficar preso e perdeu o mandato no ápice do movimento pré-impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, disse que Lula o procurou pedindo para interferir na delação premiada de Cerveró, segundo documento obtido pelo Uol.
'Ao contrário do que sustenta Delcídio, na ação penal mencionada o magistrado reconheceu que não houve a prática de crime de obstrução de justiça por parte de Lula, que foi absolvido ante o deficiente conjunto probatório e a falta de credibilidade do testemunho do ex-senador', afirmou o desembargador José Rubens Queiroz Gomes, relator do processo no TJ paulista.
A defesa de Lula pediu R$ 1,5 milhão de indenização afirmando que a acusação era 'ofensiva' e 'mentirosa'.
Já Delcídio se defendeu alegando que não mentiu e não falseou a verdade, tendo sido 'prudente e corajoso'. 'Apenas revelou-se um fato', declarou.
Também alegou, no processo judicial, tentativa de intimidação. 'A intenção é clara: constranger e intimidar a todos que se opõe ao seu projeto de poder.'
Delcídio ainda pode recorrer da decisão.