Para demonstrar repúdio, deputados petistas se colocaram de pé no momento da votação da homenagem feita ao deputado federal Carlos Marun (PMDB), na manhã de ontem (13), na Assembleia Legislativa.
Marun vai assumir o cargo de ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República nesta quinta-feira à tarde. A moção é de autoria do deputado estadual Paulo Siufi (PMDB). Segundo os parlamentares peemedebistas, o ato serve para expressar a importância do cargo para o Estado.
Porém, o PT faz oposição ao governo do presidente Michel Temer (PMDB) e a ala estadual ficou indignada com a moção. “Não vamos aceitar isso. Não queremos homenagear esse golpista”, atacou Kemp.
Mesmo com as manifestações dos petistas contrárias à moção, a maioria dos 23 deputados foram a favor da homenagem e 18 votaram sim.
DISCUSSÃO
A discussão começou ontem (12), quando o parlamentar Pedro Kemp (PT) afirmou que gostaria de ser avisado sobre quando iria ocorrer a votação. “Eu já adianto que voto contra essa congratulação ao golpista Marun”, disse, anteriormente.
Do mesmo partido de Marun, o peemedebista Eduardo Rocha ficou irritado e se levantou para defender o futuro ministro. “Precisa ter respeito. Você pode votar contra, mas tem que ter respeito”, disse para Kemp, o que culminou em uma discussão.
Também peemedebista, Renato Câmara usou a tribuna para defender o pedido de moção, afirmando que a congratulação seria para mostrar que a Assembleia reconhece a importância que o cargo de ministro tem para o Mato Grosso do Sul.
“Esse cargo é uma oportunidade do Estado de destravar problemas históricos, como o caso da ponte que liga Porto Murtinho, a questão do gás, entre outros”, afirmou Câmara.
Mesmo discurso teve o deputado Márcio Fernandes (PMDB), que afirmou que uma comitiva de prefeitos será levada para a posse de Marun, marcada para esta quinta-feira (14). Na ocasião, segundo Fernandes, os administradores municipais poderão fazer os pedidos ao novo ministro. “Agora teremos alguém dentro do governo que terá acesso a decisões sobre investimentos”, afirmou.
No entanto, Kemp manteve o posicionameto conta a moção. “Não vou votar nesse assessor de mordomo de filme de terror, não concordo com esse governo que aprova essas medidas impopulares e ilegítimas. Eles querem derrubar o PT porque eles não têm candidato. Aquele picolé de chuchu [Geraldo Alckmin] não vai longe, vocês não tem candidato”, concluiu o petista.
*Colaborou Glaucea Vacari
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.