Publicado em 16/02/2019 às 07:58, Atualizado em 16/02/2019 às 10:02
Presidente Paulo Corrêa quer respostas técnicas para reajuste
Depois do Governo do Estado iniciar investigação sobre o súbito aumento desproporcional nas contas de luz dos sul-mato-grossenses, agora é a vez dos deputados estaduais entrarem de vez na história.
Na manhã desta sexta-feira (15), o presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Corrêa (PSDB), revelou que convidou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para auxiliar parlamentares, consumidores e o setor produtivo do Estado a entenderem tecnicamente quais as razões dos reajustes realizados nos últimos dois meses.
“Eu consegui falar lá para que o novo presidente da Aneel (André Pepitone) venha em um trabalho conjunto com Fiems, Fecomércio, Famasul, enfim, setor produtor, para conversarmos agora em março. Vamos discutir tecnicamente essa cobrança, pois o sistema tarifário de cobrança é até difícil de entender. São 139 itens que compõem o cálculo da cobrança”, disse Corrêa, em entrevista à 'Rádio 95 FM Capital'.
O parlamentar foi presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou casos semelhantes em 2006 e 2007 e conseguiu a devolução de R$ 200 milhões aos consumidores.
A data da reunião ainda será definida, mas o presidente confirmou que toda a população poderá participar de audiência pública a ser realizada na Assembleia Legislativa no dia 12 de março, às 14h30.
“A reclamação é generalizada, com contas impraticáveis. A Energisa (concessionária de energia responsável pelo fornecimento na maioria do Estado) já foi à Assembleia discutir o assunto, mas falou do calor, porém conta de R$ 79 mil? Pode ter erro? Pode. Por que não assumir? Tem gente que lançou errado? Não sei, mas sei que dá para entender que uma hora é bandeira verde e outra é bandeira verdade, mas convenhamos que teve muita chuva ano passado. Temos que fiscalizar sim”, explicou o presidente.
O Procon-MS esteve na sessão ordinária realizada na quinta-feira (14) pelos deputados listando outras contas com valores considerados abusivos. “A cobrança de ICMS vai de 17% até 25% e se o consumo muda, liga o ar-condicionado no máximo, claro que sua conta de luz modifica o valor. Isso precisa ser discutido, assim como o fato de sermos comprador de energia, importar energia de outros países, essa é uma questão muito séria”, ressaltou Corrêa.
Um requerimento foi apresentado durante sessão ordinária de ontem pedindo as notas fiscais da compra de energia.