Publicado em 22/06/2018 às 06:51, Atualizado em 22/06/2018 às 10:56

Delação de doleiro avança e ameaça políticos de Mato Grosso do Sul

Com o andamento da delação, muita gente de Mato Grosso do Sul pode se enrolar.

RodsonWillyams e Vinícius Squinelo,
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(foto : André de Abreu)

A delação premiada do doleiro Lúcio Funaro voltou a andar no Supremo Tribunal Federal. Tanto as confissões dele devem estar presentes até em uma nova denúncia contra o presidente Michel Temer, do MDB. Conforme o STF, as informações de Funaro podem, a partir de agora, serem usadas inclusive em investigações já em curso, principalmente da operação Lava Jato.

E por aqui?

Com o andamento da delação, muita gente de Mato Grosso do Sul pode se enrolar. Entre eles o hoje ministro Carlos Marun, a deputada federal Tereza Cristina e outro delator, o cervejeiro Ivanildo da Cunha Miranda.

Denúncia I

Funaro sobre Carlos Marun: “Carlos Marun era secretário de Puccineli, tendo ajudado muito Cunha a pedir votos dos deputados do PMDB de MS para ganhar a liderança do partido. Cunha, como líder do PMDB, deu 'estofo' para Carlos Marun ser um deputado mais proativo”.

Denúncia II

Funaro sobre Tereza Cristina: Ao ser perguntado sobre os parlamentares que faziam parte do grupo de Eduardo Cunha ou que estavam sob a influência do parlamentar, Funaro deu uma lista de parlamentares, também citando o nome de Tereza Cristina, mas explicou as diversas formas de benefícios que eles receberam. “Essas pessoas depende do momento, estão em contextos. Todos eles receberam propina do deputado Eduardo Cunha ou receberam relatorias, CPIs, cargos dentro da Câmara, que permitiriam dentro da Casa aferir rendas”, disse.

Denúncia III

Funaro sobre Ivanildo: afirma que o próprio Ivanildo relatou que operava para Joesley Batista e o Grupo JBS toda parte de isenção fiscal, compensação tributária e todos os assuntos que envolvessem a Secretaria de Fazenda do estado de Mato Grosso do Sul. A pedido de Joesley, Lúcio Funaro fez um pagamento de R$ 1 milhão para Ivanildo, que estava sem dinheiro em espécie disponível naquele momento e que foi creditado na conta corrente.