A decisão do desembargador federal Maurício Yukikazu, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, de manter o ex-governador André Puccinelli na prisão deixou de “mãos atadas” a cúpula do MDB, que hoje deve se reunir para avaliar os reflexos no processo eleitoral.
Em encontro de hoje com as lideranças emedebistas para discutir o que fazer depois da decisão do Tribunal, o ex-presidente regional do partido e presidente da Assembleia Legislativa, deputado Junior Mochi, disse que “estamos todos chocados e surpresos com essa decisão [de negar pedido de liminar].Ainda não sabemos o que fazer. Amanhã [hoje], vamos nos reunir para decidir o nosso rumo. Mas, antes, vamos conversar com André”.
O deputado evitou falar sobre manutenção da candidatura do ex-governador à sucessão estadual. Apenas disse “não existir nada definido sobre essa questão”.
O líder do MDB na Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Rocha, confirmou a reunião de hoje do partido para definir o rumo no processo eleitoral. Rocha reafirmou ser “muito estranha essa prisão”. Questionado sobre como André ficou ao tomar conhecimento da decisão do TRF-3, Rocha respondeu: “abalado e esperançoso”.
O advogado Renê Siufi esteve com André e recebeu orientação para recorrer em busca de sua liberdade. “Amanhã [hoje], devemos interpor recurso no STJ [Superior Tribunal de Justiça], questionando a manutenção da prisão do ex-governador”, afirmou. O advogado acredita na reviravolta dessa batalha judicial, por considerar ilegal e abusiva a prisão do ex-governador. Ele discordou da decisão ser embasada no acervo guardado numa quitinete no Indubrasil. “Na quitinete tem diplomas e outras coisas pessoais. Não tem nada oculto lá”, explicou. E criticou ainda a forma como a Polícia Federal entrou no local para apreender o acervo. “A PF entrou na marra na quitinete, por não ter mandado judicial de busca e apreensão”, afirmou.
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