Publicado em 03/10/2022 às 19:36, Atualizado em 03/10/2022 às 22:51

Conheça os deputados federais eleitos pela primeira vez em Mato Grosso do Sul

Novos nomes a ocupar três das oito cadeiras na Câmara dos Deputados são bolsonaristas e única mulher eleita - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

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Divulgação

A renovação foi de 37% com quatro eleitos e quatro reeleitos para ocuparem as oito cadeiras de Mato Grosso do Sul na Câmara dos Deputados, em Brasília. Um dos eleitos, Geraldo Resende (PSDB), estava de fora, mas é antigo na política, com 5 mandatos na Câmara. Restam três nomes, de fato, novos.

Eles são Marcos Pollon (PL), o mais votado com 103.111 votos; Camila Jara (PT), em 5º lugar com 56.552 votos; e Rodolfo Nogueira, o "gordinho do Bolsonaro" (PL), na 8ª colocação com 41.773 votos.

Mais votado -

Diferente de muitos candidatos que usaram a imagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) na campanha para seduzir o eleitorado, Pollon (PL) é, de fato, próximo da família do presidente. Quando anunciou sua candidatura, em julho deste ano, contou com a presença do deputado federal por São Paulo (SP) Eduardo Bolsonaro, um dos filhos do presidente.

Com 120 mil seguidores no Instagram, o douradense investiu R$ 339 mil na campanha, dos quais 60 mil foram usados apenas em despesa com impulsionamento de conteúdo, conforme prestação de contas parcial à Justiça Eleitoral.

O PL apostou R$ 500 mil na candidatura de Pollon, enquanto alguns candidatos do partido receberam em torno de R$ 100 mil do fundo partidário, a exemplo Roberto Durães, que ficou como suplente. Em contrapartida, Pollon mostrou que dinheiro não é tudo, pois conseguiu superar o deputado do partido Loester Trutis, que recebeu R$ 1 milhão do fundo partidário, mas será suplente a partir de 2023.

Gordinho do Bolsonaro -

Rodolfo Nogueira também é de Dourados, produtor agropecuário e criador de cavalos. É presidente do PL (Partido Liberal) em MS. Mais conhecido como “gordinho do Bolsonaro”, é contra o aborto, a sexualização das crianças nas escolas e a legalização das drogas, além de defender a segurança jurídica do campo. Contou com R$ 500 mil do fundo partidário.

Em 2020, Rodolfo assumiu a gerência da Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo). A frente da agência, instalou um telão com imagens do turismo do MS na principal avenida de Tóquio, no Japão e, nas semanas seguintes, o trade turístico da cidade de Bonito duplicou, segundo Rodolfo. Ele também foi assessor do ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

Única mulher - Apesar de figurar entre os novos na Câmara dos Deputados, Camila já tem alguma experiência em mandato, pois foi eleita vereadora em 2020. A ascensão, no entanto, pode ser classificada como "meteórica", pois não é tarefa fácil chegar à Brasília. O PT destinou a ela R$ 760 mil do fundo eleitoral, conforme prestação de contas parcial.

Em 2023, Camila vai abandonar a Câmara de Vereadores no meio do mandato para assumir a cadeira conquistada na Capital Federal. A missão é fortalecer a bancada do PT (Partido dos Trabalhadores) lá, que tem apenas Vander Loubet nessa legislatura (2019-2022). Ele foi reeleito.

Em Campo Grande, quem ocupará o lugar de Camila é a petista Luiza Ribeiro, que já foi vereadora. Além disso, Camila será a única mulher na Câmara dos Deputados. Antes mesmo de ser eleita, ela disse ao Campo Grande News que ficaria feliz em dar lugar à uma suplente mulher.

Reeleitos -

Dos seis candidatos que já são deputados e concorreram, quatro conseguiram a reeleição. Não conseguiram se reeleger Loester Trutis (PL) e Fábio Trad (PSD). Foram reeleitos Beto Pereira (PSDB), em segundo lugar; Vander Loubet (PT), em quarto; Dagoberto Nogueira (PSDB) em sexto e Luiz Ovando (PP) na sétima colocação.

Apenas duas deputadas não concorreram à reeleição. Tereza Cristina (PP), que se elegeu para vaga no Senado e Rose Modesto (União Brasil), que candidatou-se ao Governo do Estado e ficou em quarto lugar.

- CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS