Publicado em 10/11/2022 às 09:45, Atualizado em 10/11/2022 às 12:48
O relator do processo foi o deputado Barbosinha (PP), que votou pelo arquivamento do processo.
A denúncia de conduta inadequada contra o deputado Pedro Kemp (PT) recebeu três votos para arquivamento. A Comissão de Ética da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) se reuniu nesta quarta-feira (9) para decidir sobre o processo aberto após o deputado agredir verbalmente a então candidata a vereadora do PT, Karla Cânepa, em 2020.
O relator do processo foi o deputado Barbosinha (PP), que votou pelo arquivamento do processo. Assim, Felipe Orro (PSD), acompanhou e foi contrário à representação.
Por fim, Renato Câmara (MDB) votou contra a representação e favorável ao arquivamento. A votação ficou em aberto pela ausência de dois deputados que não compareceram à reunião.
Assim, Lídio Lopes (Patriota) e Lucas de Lima (PDT) ainda devem emitir parecer sobre o processo.
Denúncia
A representação foi aberta por João Henrique Catan (PL), dois anos após a agressão. O processo foi aberto após Catan ter sido acionado na Corregedoria por Kemp, Paulo Duarte (PSB) e Amarildo Cruz (PT) por atirar em um estande de tiros, para comemorar a aprovação do projeto de lei.
Então, em 24 de maio deste ano, Catan afirmou por meio de assessoria que iria pedir a investigação do caso, alegando conduta inadequada do colega parlamentar.
A agressão verbal foi gravada em vídeo na época e divulgada nas redes sociais. Kemp, na época, era candidato a prefeito de Campo Grande. Um ano depois, ele pediu desculpas publicamente com nota de retratação.
Salva de tiros
O deputado João Henrique Catan (PL) também teve processo analisado pela Comissão de Ética da Alems nesta quarta-feira (9). A denúncia foi feita depois do parlamentar comemorar a aprovação de um projeto de lei com uma 'salva de tiros'.
Assim, em 18 de maio, deputados de MS pediram pelo posicionamento da Mesa Diretora da Alems para saber se a atitude de Catan, ao efetuar tiros em um estande durante a sessão, se enquadraria em quebra de decoro parlamentar.
A denúncia foi levada a diante e recebeu dois votos favoráveis para arquivamento. Inicialmente, o relator do projeto, Felipe Orro (PSD), havia dado parecer para punição por censura.
Contudo, após Catan apresentar parecer do MP (Ministério Público) sobre uma ação impetrada pelo PCdoB pelo mesmo motivo, Orro alterou o voto. Assim, foi contrário a punição e favorável ao arquivamento.
Por fim, a votação segue em aberto, pois dois deputados ainda devem emitir parecer. Caso empate, o voto final será do presidente da Comissão.