O ex-governador André Puccinelli deixou o prédio do Patronato da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) após colocar a tornozeleira eletrônica de monitoramento. Ele saiu em carro próprio e sem escolta da PF (Polícia Federal).
Segundo o advogado Renê Siufi, a fiança foi arbitrada em R$ 1 milhão, mas nenhuma restrição foi imposta. Ou seja, Puccinelli poderá deixar Campo Grande se achar necessário. Mais cedo, Renê resumiu o depoimento como “as mesmas perguntas”, lembrando que o italiano já prestou esclarecimento para a PF há exatos um ano e um dia.
A investigação apura também sobrepreços e desvios em obras públicas em Mato Grosso do Sul e o pagamento de cerca de R$ 150 milhões em propinas para os suspeitos. Foram presos o ex--secretário-adjunto de Fazenda, André Cance, o empresário Mirched Jafar Junior, dono da Gráfica Alvorada, e o ex-coordenador de licitações da prefeitura, Marcelo Cavalli.
A Operação reúne 210 policiais federais em Campo Grande, Três Lagoas, Nioaque, Porto Murtinho, São Paulo e Curitiba. Também participam servidores da CGU (Controladoria Geral da União) e da Receita Federal. Ao todo, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva, nove mandados de condução coercitiva e 32 mandados de busca e apreensão, além de sequestro de bens e valores.
Estão sendo analisados desvios de recursos públicos por meio de direcionamento de licitações, superfaturamento de obras públicas, aquisição fictícia ou ilícita de produtos e corrupção de agentes públicos. Os recursos desviados passaram por processos de ocultação da origem, resultando na configuração do delito de lavagem de dinheiro.
De acordo com a PF a nova fase foi deflagrada após análise dos materiais apreendidos em fases anteriores, cotejados com fiscalizações, exames periciais e diligências investigativas, as quais “permitiram aprofundar o conhecimento nas práticas delituosas da Organização Criminosa”.
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