Cenário político muda em MS com investigações da Lava Jato

Dois dos principais líderes políticos de Mato Grosso do Sul – os ex-governadores Zeca do PT e André Puccinelli – terão suas participações nas eleições do próximo ano comprometidas em razão dos último acontecimentos envolvendo ambos e alguns de seus liderados com a operação da Polícia Federal e da Justiça que investiga corrupção e desvio de verbas públicas.

Tanto Zeca do PT quanto André Puccinelli foram mencionados em delações premiadas de empreiteiros que estão sendo acusados pela força tarefa do MP Federal de corrupção.Os dois, enquanto governadores, nas suas épocas, usaram de dinheiro de propina para custearem campanhas eleitorais e outras ações.

O noticiário nacional deu ampla divulgação para o ruidoso caso que envolve Puccinelli e Zeca que hoje é deputado federal e o único que deverá ter seu caso tratado junto ao STJ. OS demais envolvidos, além de Puccinelli, o ex-deputado federal Edson Giroto e o empreiteiro João Amorim, serão investigados e julgados no âmbito do Estado.

O fato é que inocentados ou não o simples fato de ser noticiado o envolvimento de ambos com falcatruas já altera o cenário político no estado. Puccinelli, que já admitia a candidatura ao Governo do Estado nas eleições do ano que vem não deverá ser páreo paara Reinaldo Azambuja em sua reeleição.

O PT, por sua vez, que já encontrava dificuldades para manutenção de seus quadros em raz]ao do envolvimento de Delcídio do Amaral com a Lava Jato, agora também tem na figura de seu principal líder, o deputado Zeca do PT um investigado por ter se aproveitado de recursos desviados do erário público.

O quadro é amplamente favorável ao atual governador Reinaldo Azambuja que busca sua reeleição. Não deverá enfrentar um adversário a altura de suas pretensões e tem espaço ainda para negociar apoio recíproco envolvendo vagas de senador e deputado federal na bancada de Mato Grosso do Sul no Congresso Nacional.