O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a fazer críticas contra o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, e a reforçar defesa à adoção do voto impresso nas eleições de 2022. Segundo o chefe do Executivo, a anulação das condenações ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ocorreu para eleger o petista "dentro de uma sala escura do TSE". "Não podemos admitir isso", disse Bolsonaro em entrevista à Rádio 96 FM, de Natal (RN).
Ao afirmar que a defesa do voto impresso é para garantir "eleições limpas", Bolsonaro diz que já conta com o apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), na pauta. "Temos Lira dizendo que o que o parlamentar decidir será executado, e obviamente vai contar com meu apoio também nessa proposta", comentou.
O chefe do Executivo repetiu as acusações feitas e vídeos mostrados na transmissão ao vivo realizada pelas redes sociais na quinta-feira (29). Apesar de insistir na tese de fraudes das urnas eletrônicas, um relatório da Polícia Federal, divulgado pela Folha de S.Paulo, nesta quarta-feira (4), concluiu que um caso de suposta fraude em uma urna eletrônica em Morro Agudo (SP) - de que ao digitar o número 1, o equipamento acrescentava o 3 automaticamente - tratava-se de um problema físico no teclado e não de falha no software ou no sistema da urna.
"Quando se fala de internet não existe sistema seguro", insistiu Bolsonaro. No entanto, embora seja eletrônica, a urna funciona de forma isolada, ou seja, não possui nenhum mecanismo que possibilite sua conexão a redes de computadores, como a internet.
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