Após votar a favor de reforma trabalhista deputada desafia o próprio partido que pediu sua saída ''não vou sair como carneirinho'’

Após ser retirada da presidência do PSB em Mato Grosso do Sul por votar a favor da reforma trabalhista, a deputada federal Tereza Cristina garantiu que não vai deixar o partido e ainda desafiou a Executiva Nacional a expulsá-la da legenda. Além disso, informou que continua na liderança da legenda na Câmara Federal, independente do que a Nacional determinou.

“Se o partido quiser me expulsar que expulse. Eu continuo como líder da bancada, tenho um documento assinado por 25 companheiros na Câmara. Eu não vou sair como carneirinho”, declarou na manhã desta sexta-feira (5), durante reunião do partido realizada no hotel Concord, em Campo Grande.

Tereza admite que a possibilidade de deixar o PSB foi aventada, mas enfatizou que vai permanecer à frente da legenda e que deve recorrer das decisões da Executiva Nacional. Também criticou a diretoria do partido por se posicionar contra as reformas trabalhista e da previdência às vésperas da votação, no final de abril.

Ela afirma que todas as suas atitudes foram coerentes e que sempre se posicionou favoravelmente às mudanças propostas pelo presidente Michel Temer (PMDB), inclusive passando por desgaste político por votar pela terceirização. Para ela, a retaliação não passa de uma “manobra política”.

Como presidente regional da sigla, Tereza elencou as conquistas do PSB em Mato Grosso do Sul com a ampliação dos diretórios municipais, que passaram de 20 a 62, a definição de uma sede local e o número de eleitos. “Ainda não é do tamanho que a gente quer, mas a gente está deixando bem arrumadinho”, destacou.

Hoje, segundo ela, o partido conta com um deputado federal, um deputado estadual, o Barbosinha, que está licenciado para atuar como secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, cinco prefeitos, cinco vice-prefeitos e 60 vereadores.

No evento, Tereza ainda recebeu o apoio dos companheiros de partido como o prefeito de Coxim, Aluízio São José, e de Jateí, Eraldo Leite. “Ela fez um bom trabalho, não vejo motivos para ter outro presidente”, diz Eraldo.