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Apoio maciço de prefeitos não garantiu a vitória de Azambuja no 1º turno

Governador fez campanha com apoio 52 prefeitos do Estado

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Odilon, com apoio aliado, chegou ao segundo turno - Foto: Bruno Henrique / Arquivo / Correio do Estado

A força dos aliados não assegurou a vitória do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) no primeiro turno. Nem o apoio de 52 dos 79 prefeitos de Mato Grosso do Sul resultou votos suficientes para a vitória do governador no domingo (7) passado.

Nos maiores municípios, Azambuja perdeu para o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PDT) em Dourados e Três Lagoas - segundo e terceiro maior colégio eleitoral do Estado.

Em Dourados com 155.751 eleitores, o governador contava como vice o ex-prefeito da cidade Murilo Zauith (DEM). A presença de Murilo na chapa seria, em tese, para reforçar o número de votos nas urnas e garantir a vitória. Mas quem levou vantagem nessa disputa de vice da região foi o bispo Marcos Vítor (PRB) - vice de Odilon.

Ele levou o juiz aposentando Odilon de Oliveira à vitória, mesmo apertada, por 45.364 (42,79%) a 42.882 (40,36%) votos. A vantagem de 2.482 votos, considerada pequena, ajuda a fazer diferença na contagem final em favor do juiz passar ao segundo turno das eleições.

Azambuja perdeu, ainda, em Três Lagoas com 76.967 eleitores, terceiro maior colégio do Estado. Lá o apoio do prefeito Ângelo Guerreiro (PSDB) não ajudou em nada o governador. A derrota foi devastadora. O juiz recebeu 23.947 (52,42%) contra 13.539 (29,64%). A diferença foi de 10.408 votos.

Em Paranaíba com 30.653 eleitores, o peso dos aliados não surtiu efeito, porque Odilon bateu Azambuja por 8.609 (46,84%) a 5.869 (31,93%). A vantagem do juiz foi de 2.740 votos.

Conforme a edição do Correio do Estado do dia 9 de setembro, os tucanos tinham mais prefeitos declarando apoio a reeleição de Azambuja, porém em quatro cidades onde o partido comanda o Executivo, a vitória foi do Juiz Odilon e o deputado e candidato pelo MDB, Junior Mochi.

Em Camapuã e Pedro Gomes, os eleitores preferiram o nome do MDB. Mochi teve 3.043 (40,52%) e 1.448 (36,90%), respectivamente. Já nos municípios de Paranaíba e Três Lagoas, Odilon foi o escolhido.

Concorrendo ao primeiro cargo eletivo, Odilon também teve dificuldades em conseguir o apoio dos prefeitos da sua agremiação. Com apenas dois em Mato Grosso do Sul, o PDT não recebeu ajuda dos administradores de Água Clara e de Novo Horizonte do Sul. Sendo que o primeiro declarou apoio ao deputado Junior Mochi. “Na época que o André Puccinelli foi candidato ele fez muito por Água Clara. Ele não é nosso candidato, mas essa é minha forma de retribuir”, destacou à epoca para o Correio do Estado o prefeito Edvaldo Queiroz.

Quando o Correio do Estado fez o levantamento dos prefeitos, nenhum declarou apoio ao Juiz Odilon. Mochi tinha onze ao seu lado.

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