Publicado em 20/04/2017 às 09:58, Atualizado em 20/04/2017 às 13:21

Agendado julgamento de Ilda Machado no TRE de Campo Grande por compra de votos

Foi agendado para o dia 26 de abril, quarta-feira, o julgamento de Ilda Machado (PR), sobre compra de votos.

Redaçao, SiligaNews
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Foi agendado para o dia 26 de abril, quarta-feira, o julgamento de Ilda Machado (PR), sobre compra de votos, ocorrido durante as eleições de 2016 em Fátima do Sul.

O julgamento é referente ao caso, conhecido em todo o estado de Mato Grosso do Sul como "Peito de Ouro", que flagrou a então candidata a prefeita Ilda Machado retirando dinheiro do sutien e entregando a um eleitor.

Ilda foi julgada e cassada pela juíza eleitoral Rosângela Alves de Lima Fávero em novembro de 2016 por compra de votos, além de aplicar uma multa de 10 mil Ufirs e deixa-la inelegível por oito anos. A magistrada da 4ª zona eleitoral considerou o vídeo onde aparece a então candidata entregando R$ 700 a um eleitor em troca de três votos uma prova robusta.

Ilda Machado teve sua candidatura cassada e os votos obtidos nas últimas eleições anulados em decorrência de decisão proferida pela juíza da 4ª Zona Eleitoral de Fátima do Sul, que acatando representação formulada pela Coligação adversária, após a divulgação de um vídeo que revela a compra de votos, no caso que ficou conhecido "Peito de Ouro", considerou irrefutáveis as provas produzidas durante a instrução processual.

DEFESA

Em entrevista ao Blogueiro Nélio Brandão, a Juíza Telma Marcon explicou que seu escritório assumiu a defesa de Ilda Machado antes de ela assumir o cargo e assim que o caso chegar ao TRE ela vai se dar como impedida de atuar, sendo colocado em seu lugar um juiz substituto.

Pelos fatos provados pelo Ministério Público Estadual e acolhidos pela Justiça Eleitoral de primeira instância, a cassação de Ilda Machado é irreversível, eis que embasada em elementos documentais, vídeos, perícias e testemunhas. Contudo, caberá agora acompanharmos a atuação do TRE para que possamos saber o que é fato e o que não passa de mero boato.

O CASO

Segundo consta no processo, no dia 22 de setembro, cabos eleitorais da candidata à prefeitura do PR estiveram no bairro Jardim dos Ipês, na parte da manhã, avisando que Ilda Machado iria à tarde distribuir dinheiro. Como dito, um eleitor recebeu a visita da candidata que perguntou se precisava de algo.

Depois perguntou se R$ 500 resolveria a situação e entregou o valor, conversando sobre os três votos da residência ? dele, da mulher dele e outro morador. O eleitor pediu mais dinheiro em nome da mulher dele. Ilda tirou da roupa dela mais R$ 200 e lhe entregou. Tudo foi gravado.

A defesa da candidata pediu a anulação das provas por terem sido obtidas por meio ilícitos. Além disso, acusou o vídeo de ter sido editado e o eleitor de estar passando por dificuldades financeiras por estar desempregado.