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Sargento envolvido com cigarreiros é condenado a 18 anos e exclusão da PM

Ele foi condenado por organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro

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Julgamento foi realizado nesta segunda-feira (17), na Auditoria Militar, no Fórum de Campo Grande.

Segundo sargento da Polícia Militar Ricardo Campos Figueiredo, investigado pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual por ligação com contrabandistas de cigarros, foi condenado a 18 anos de prisão por organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, além de ser determinada a sua exclusão da Polícia Militar.

Julgamento foi realizado nesta segunda-feira (17), na Auditoria Militar, no Fórum de Campo Grande. O juiz responsável pelo caso é Alexandre Antunes da Silva.

Hoje, Ricardo volta ser julgado por mais um crime: desta vez, obstrução de justiça. Por conta da possível ligação com os cigarreiros, passou a ser investigado pelo Gaeco. No dia 16 de maio, quando foi deflagrada a Operação Oiketicus, ele foi um dos alvos.

Durante buscas na residência dele, o promotor que acompanhava o cumprimento dos mandados questionou sobre os aparelhos de celular que estavam no banheiro. Ricardo foi para o local, se trancou e destruiu os telefones. O militar foi preso em flagrante por obstrução da justiça.

Os telefones foram encaminhados para perícia técnica e, por meio de laudo, não foi possível repará-los por conta dos danos nas placas e processadores. Até o momento, 12 policiais foram condenados e três deles absolvidos.

OUTRO JULGAMENTO

Além de Ricardo, também voltou a sentar no banco dos réus o PM Aparecido Cristiano Fialho, por obstrução da justiça. Ele já foi condenado na semana passada a 15 anos e quatro meses de reclusão por corrupção passiva com continuidade delitiva, pois agiu ilegalmente de 2015 a 2018, organização criminosa e lavagem ou ocultação de bens direitos e valores.

Cristiano, inclusive, foi absolvido do crime de violação de sigilo funcional. Ele cumpre pena em regime fechado, sem direito de apelar em liberdade.

Hoje, ele foi condenado a 3 anos e seis meses de reclusão por obstrução da Justiça e também a exclusão da Polícia Militar.

OPERAÇÃO

No dia 16 de maio, o Gaeco e a Corregedoria da Polícia Militar deflagraram a Operação Oiketicus para desarticular o esquema que beneficiava policiais corruptos que agiam em Mato Grosso do Sul. Ao todo, 20 deles foram presos.

No último dia 13 de junho, a Corregedoria da Polícia Militar realizou desdobramento da operação, com mais oito pessoas presas em Campo Grande e interior.

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