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Por falta de estrutura da polícia, corpo de homem apodrece há uma semana

Vítima foi morta após trocar agressões com o capataz de uma fazenda

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Corpo de homem ficou apodrecendo durante uma semana. - Foto: Edição MS

Por falta de estrutura da polícia, o corpo de Geraldo Maciel Ferreira, de 60 anos, ficou por uma semana apodrecendo em pasto na fazenda São Gabriel, localizada na região do Pantanal de Corumbá. Ele foi morto a tiros pelo capataz da propriedade no sábado passado, durante briga. No entanto, somente neste final de semana teve o corpo recolhido. Isso aconteceu porque o local é de difícil acesso e os investigadores da Polícia Civil de Corumbá só poderiam chegar lá de avião. No entanto, por Coxim seria possível chegar por terra, desde que houvesse veículo com tração adequada, contudo, nenhuma das unidades tem.

O delegado Sam Ricardo Suzumura, da 1º Delegacia de Polícia Civil de Corumbá, esclareceu ao Correio do Estado como tudo aconteceu. Segundo ele, as equipes foram informados sobre a morte no sábado. Porém, como não havia aeronave disponível e nem viatura traçada para se deslocar por Coxim, foi preciso esperar até domingo, quando o dono da fazenda, que estava em outra cidade, fretou um avião para as buscas. Sem saber detalhes do crime, o fazendeiro pediu para que os policiais fossem à propriedade e conversassem com o capataz, que saberia onde a vítima estava.

“A gente desceu com a equipe da funerária em uma fazenda vizinha, mas não informaram que era preciso uma caminhonete para chegar à propriedade onde os fatos ocorreram. Então pegamos uma caminhonete nesta primeira fazenda e fomos até a propriedade onde o caseiro iria nos esperar. Mas ele não estava lá. Foi então que descobrimos que teria fugido, porque teria matado a vítima”, disse. Sem referência, os policiais e a funerária tiveram que voltar sem o corpo, pois o avião fretado tinha hora para partir.

O fazendeiro foi informado sobre a situação e disse que na terça-feira estaria em Corumbá, mas só chegou na quinta-feira. “Até onde sei, ele ofereceu uma caminhonete com tração para que a equipe de Coxim fosse buscar o corpo. Como não havíamos registrado boletim de ocorrência ainda, pois não havia informações concretas, encaminhei o caso para a direção da Polícia Civil”, explicou. A equipe de reportagem falou com investigador de Coxim neste sábado, que relatou que as equipes foram hoje buscar a vítima. Uma equipe de peritos de Campo Grande auxilia na investigação.

Ainda conforme apurado, o capataz suspeito do homicídio se apresentou em Coxim. A versão é de que a vítima teria aparecido na fazenda e pedido para repousar. No dia seguinte quis matar uma vaca, mas diante da recusa do capataz, sacou uma e atirou duas vezes, atingindo o funcionário que reagiu, o desarmou e o matou a tiros.

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