Laudo do IC (Instituto de Criminalística) da Polícia Civil de São Paulo aponta que dois pneus do ônibus da dupla sertaneja Conrado e Aleksandro apresentaram sinais de explosão. Os danos “sugerem ocorrência de impacto' contra algum obstáculo na via, como “buraco, pedra, objeto grande'.

O ônibus tombou em acidente ocorrido no dia 7 de maio, na Rodovia Régis Bittencourt, na altura de Miracatu (SP), e resultou na morte de seis pessoas, entre elas, o cantor Aleksandro, natural de Dourados.

O laudo é assinado pelo perito Carlos Eduardo Penazzi Filho, que avaliou a estrutura e condições dos pneus “novos e de baixa rodagem'.

Na perícia, foram avaliados arames e aços que formam a estrutura dos pneus. Como eles estavam dobrados de fora para dentro, a sugestão de que tenha ocorrido algum impacto contra obstáculo na via.

Assim, após o estouro, a banda de rodagem (capa de borracha que reveste o pneu) acaba sendo arrancada.

O perito avaliou, no entanto, que não é possível estabelecer “nexo temporal', ou seja, atestar com certeza se o impacto que causou a explosão aconteceu no momento do acidente ou antes. “A ausência de oxidação, no entanto, sugere – e apenas sugere – danos mais recentes.'

O perito não descarta que outras explicações sejam propostas e possam justificar os danos nos pneus. Com informações divulgadas pelos sites Metrópoles e G1.

Acidente -

A dupla havia realizado um show em Tijucas do Sul (PR) na noite de sexta-feira e seguia para São Pedro (SP), onde se apresentaria no sábado à noite.

No acidente, morreram o cantor Luiz Aleksandro Talhari Correia, 34 anos, e outros cinco membros da banda: Wisley Novaes, 26 anos, o tecladista e produtor musical Marzio Allan Aníba, 38 anos, o baterista Roger Aleixo Calcagnoto, 38 anos, o técnico de iluminação Gabriel Fukuda, 19 anos, e o roadie Giovani Gabriel Lopes dos Santos.

Aleksandro foi sepultado em Londrina (PR). O colega da dupla, Conrado, cujo nome verdadeiro é João Vitor Moreira Sales, continua internado, passou por cirurgia e não tem previsão de alta. Outro músico da banda, Julio César Bigoli Lopes, também continua sob tratamento hospitalar.

Aleksandro nasceu em Dourados, a 251 km da Capital, e criou a dupla em 2003, junto com Conrado Bardi de Jesus Bueno, de 35 anos. Inicialmente, eles tocavam em barzinhos da cidade, em 2009, lançaram o primeiro CD. Dez anos depois, em 2019, Conrado seguiu carreira solo e o músico João Vitor Soares, de 27 anos, assumiu o nome Conrado e passou a fazer parte da dupla junto com Aleksandro.