Publicado em 23/08/2017 às 06:25, Atualizado em 23/08/2017 às 10:29

PCC quer matar juiz e agentes para celebrar 24 anos, diz investigação

Plano do PCC é assassinar um juiz federal, um procurador da República, um delegado federal e pelo menos quatro agentes penitenciários até dia 31 de agosto, quando a facção comemora 24 anos de sua criação.

Joaquim Padilha,
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A Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, descobriu um plano do PCC para assassinar um juiz federal, um procurador da República, um delegado federal e pelo menos quatro agentes penitenciários até o próximo dia 31 de agosto, quando a facção comemora 24 anos de sua criação.

Em um documento encaminhado no último dia 17 de agosto para a superitendência regional da Polícia Federal de Rondônia, a diretoria do presídio federal de Porto Velho informou da possibilidade dos novos ataques do PCC. O documento foi divulgado pelo Portal UOL.

Segundo o documento, o procurador, o juiz e o delegado alvos do PCC seriam todos autoridades envolvidas na Operação Epistola, que descobriu um esquema comandado pelo traficante Fernandinho Beira-Mar, que utilizava de visitas íntimas para adminitrar uma rede de tráfico de drogas pelo país.

Durante a Operação, a esposa de Beira-Mar, Jacqueline Alcântara, foi transferida do presídio federal de Campo Grande para o de Porto Velho. Ao todo, o grupo comandado pelo traficante teria movimentado R$ 9 milhões com o esquema de troca de bilhetes durante visitas íntimas.

Ainda de acordo com o documento, os membros do PCC pretendem executar os agentes públicos em represália à "suspensão da visitas íntima e a permanência dos presos do PCC por período muito longo na Penitenciária Federal".

O Depen (Departamento Penitenciário Nacional) informou que tomará medidas para proteger a vida dos agentes públicos. "As forças de Segurança Pública em âmbito federal e estadual foram informadas a respeito do caso".

Desde setembro de 2016, três agentes penitenciários federais foram assassinados por integrantes da facção criminosa. As execuções seriam uma tentativa de "desestabilizar e intimidar" os servidores que atuam nos presídios federais do Brasil.