Publicado em 12/06/2020 às 12:56, Atualizado em 16/06/2020 às 21:00

Pandemia diminui confiança de recrutadores e profissionais no mercado de trabalho

63% dos entrevistados reconhecem rever critérios para contratação após a pandemia.

G1 ,
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Desemprego — Foto: Reprodução/NSC TV

As incertezas e inseguranças causadas pela pandemia da Covid-19 levaram à queda de confiança de recrutadores e profissionais empregados e desempregados no mercado de trabalho, segundo pesquisa da Robert Half, empresa de recrutamento de cargos de média e alta gerência.

O Índice de Confiança Robert Half (ICRH) consolidado para a situação atual caiu de 37,5 pontos para 25,2 pontos, enquanto para a situação futura (próximos seis meses) passou de 56,7 para 44,2, pouco abaixo do campo otimista, que é acima de 50 pontos.

A pesquisa foi feita entre os dias 12 e 26 de maio com 1.161 profissionais, igualmente divididos em três categorias: recrutadores (profissionais responsáveis por recrutamento nas empresas ou que têm participação no preenchimento das vagas); e profissionais qualificados empregados e desempregados (com 25 anos de idade ou mais e formação superior).

"Apesar da forte inflexão, mudando a perspectiva futura de otimista para pessimista, em algum momento o mercado irá reaquecer e sairá em vantagem a organização que tiver aproveitado o período de desaceleração para refletir e agir com relação à modernização de processos, produtos e serviços, políticas e estrutura de home office, gestão remota e atração e retenção de talentos, por exemplo", aponta Fernando Mantovani, diretor geral da Robert Half.

Veja outros destaques da pesquisa:

63% dos profissionais com poder de decisão sobre o preenchimento de uma vaga dentro da companhia afirmam que, após a pandemia, os critérios para contratação de pessoas na empresa de atuação serão revistos

44% afirmam que em processos 100% online é mais difícil conhecer o profissional por não haver o olho no olho

59% dos empregadores se queixam sobre a dificuldade de encontrar profissionais qualificados no mercado

79% dos empregados e 70% dos desempregados ingressam em um processo seletivo prioritariamente interessados em saber quais são as possibilidades de crescimento oferecidas. Na lista, foram citados outros cinco fatores, na seguinte ordem de prioridade: pacote de benefícios; reputação da empresa; distância entre a casa e o trabalho; flexibilidade de horário; e carga horária

93% afirmaram que atuar como especialistas em projetos com data para início e término, em cargos que vão de analista a diretor, com contratação via CLT, foi uma experiência positiva para o currículo, com ganho de aquisição de experiência (opinião de 63%), contato com ferramentas novas (58%), flexibilidade (55%) e oportunidade de efetivação (49%)