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Com o fim da Piracema, pesca esportiva volta a ser liberada nos rios de MS

PMA aplicou R$ 182 mil em multas durante período da Piracema

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 Foto: Divulgação/Governo de MS

A pesca nos rios do Estado e da União em Mato Grosso do Sul, à exceção dos rios onde permanentemente a pesca não é permitida, está liberada a partir desta quinta-feira, 1º de março, com o fim da Piracema – período em que ocorre a reprodução dos peixes.

A pesca na bacia do rio Paraguai é liberada de 1º de março a 5 de novembro, sendo permitida por pescador amador a cota de captura de dez quilos e mais um exemplar de qualquer tamanho (desde que não seja inferior à medida definida para cada espécie), e ainda cinco piranhas. Em fevereiro, foi praticado o pesque-solte no rio Paraguai.

Multas

Durante o período da Piracema 2017/2018, a PMA (Polícia Militar Ambiental), apreendeu 1,9 mil quilos de pescado irregular e aplicou R$ 182 mil em multas. O número relativo à quantidade de pessoas autuadas foi pouco inferior à operação passada, em 12,5%. Foram 56 autuados e 64 na operação anterior. Das 56 pessoas autuadas, 48 foram presos em flagrante nesta operação e na anterior foram 51.

De acordo com a PMA, é proibida a pesca utilizando alguns petrechos: cercado, pari ou qualquer aparelho fixo, do tipo elétrico, sonoro ou luminoso; fisga, gancho ou garateia, pelo processo de lambada; arpão, flecha, covo, espinhel ou tarrafão; uso de substância tóxica ou explosiva; anzol de galho e qualquer aparelho de malha (redes, tarrafas). É permitido ao pescador profissional a tarrafa para captura de iscas, oito anzóis de galho, cinco boias fixas e 400 quilos/mês.

Rios sem pesca

Conforme a legislação, a pesca não é permitida em qualquer natureza (exceto para pesquisa científica autorizada) nos rios Salobra (municípios de Miranda), da Prata (Bonito e Jardim) e Nioaque (Nioaque e Anastácio) e no córrego Azul (Bodoquena). A pesca amadora e profissional é proibida a menos de 200 metros de cachoeiras, barragens, corredeiras e escadas de peixes.

O pesque-solte é permitido nos rios Negro (confluência com o córrego Lajeado, em Rio Negro, até o brejo existente no limite Oeste com a fazenda Fazendinha, em Aquidauana); rio Perdido (em toda a sua extensão, que compreende os municípios de Bonito, Jardim, Caracol e Porto Murtinho) e rio Abobral (também em toda a sua extensão).

Turismo

De acordo com o governo de Mato Grosso do Sul, a abertura da temporada de pesca esportiva marca uma nova etapa de um dos principais produtos de turismo do Estado, com uma campanha do trade de Corumbá pela proibição da captura e comercialização das espécies nativas e uma forte ação da Fundtur-MS (Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul) em promover e qualificar o segmento.

O trade de Corumbá tem desenvolvido pesquisas que apontam o desejo dos pescadores, em sua maioria, pelo não transporte do peixe fisgado nos rios pantaneiros. A cota zero passou a fazer parte de uma campanha no município e o tema está em discussão pelos empresários com o Governo do Estado. A cidade também faz movimento pela proibição da pesca do dourado por quatro anos.

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