A Petrobras anunciou ontem quarta-feira (4) corte de 4,4% no preço do gás de cozinha vendido em botijões de 13 quilos, mais usado por residências.
É o primeiro ajuste sob a nova política de preços para combustível, anunciada em janeiro após uma sequência de altas no segundo semestre de 2017.
Com o corte, o preço do gás de botijão nas refinarias acumula queda de 8,2% em 2018 -em janeiro, ao anunciar a mudança na política, a Petrobras já havia reduzido o preço em 5%.
A queda, porém, ainda está longe de compensar os 75% de alta nas refinarias desde junho de 2017, quando a estatal passou a reajustar os preços mensalmente.
A companhia não faz mais projeções sobre qual será o valor da queda para o consumidor.
O valor cobrado pelas refinarias corresponde a 35% do preço final do produto -o restante é formado por impostos e margens de distribuidores e revendedores.
Com a nova política, os reajustes passaram a ser trimestrais. A Petrobras alega que, assim, reduz o repasse ao consumidor de volatilidades nas cotações internacionais.
Em 2017, o preço do produto ao consumidor final subiu 16,4%, com relação ao praticado no fim de 2016, já descontada a inflação.
Segundo o Sindicato das Empresas Distribuidoras de GLP (gás liquefeito de petróleo, o gás de cozinha), após o corte desta quarta, o preço do gás para botijões de 13 quilos no país fica 2,2% acima da paridade de importação, indicador que soma a cotação internacional e os custos de trazer o combustível para o Brasil.
O produto vendido em grandes vasilhames ou a granel teve o preço elevado pela última vez em 26 de março (4,7%) e está 41,8% mais caro do que o do vendido em embalagens de 13 quilos.
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