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"Nós roubamos menos": Falas de Paulo Guedes viram problema para Bolsonaro

Frase de ministro da Economia lembra gafe histórica que prejudicou ex-prefeito no Rio

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Divulgação

A língua solta de Paulo Guedes ergueu mais um obstáculo para a reeleição de Jair Bolsonaro.

Na reta final da campanha, o ministro da Economia tem causado uma série de desgastes para a campanha do presidente.

Os problemas começaram com a revelação de um plano para desindexar o salário mínimo e as aposentadorias da inflação passada.

Prosseguiram com a ideia de retirar do Imposto de Renda as deduções com gastos em educação e saúde.

A três dias da eleição, Guedes deu mais dois tiros no pé. Nesta quinta-feira, ele admitiu a hipótese de seu candidato perder, violando uma regra básica de qualquer manual para iniciantes na política.

Mais tarde, o ministro disse que o atual governo "rouba menos". "Eu, se fosse o Bolsonaro, diria: tudo o que o Lula fizer, eu faço mais. Por quê? Porque nós roubamos menos", afirmou.

O sincericídio desmoraliza o discurso bolsonarista de que a corrupção teria acabado desde que o capitão subiu a rampa.

A frase desastrada de Guedes lembra uma gafe famosa de Luiz Paulo Conde na eleição municipal do Rio em 2000.

Na saída de um debate, o então prefeito escorregou ao tentar defender seu desempenho. "Eu sou mais sincero, eu minto menos", atrapalhou-se.

A derrapada prejudicou Conde e contribuiu para a virada de Cesar Maia, que venceu por apenas 66 mil votos.

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