Publicado em 16/05/2019 às 08:35, Atualizado em 16/05/2019 às 13:37
Ex-ministro e amigo do ex-presidente diz que prisão foi abuso de autoridade e cobra punição de responsáveis.
O ex-ministro chefe da Secretaria de Governo Carlos Marun (MDB/MS) celebrou a soltura do ex-presidente Michel Temer (MDB), preso entre o dia 9 de maio e o início desta tarde de ontem quarta-feira (15). Para Marun, a liberação demonstra justiça e 'abre possibilidade de reconstrução da normalidade que o país tanto necessita para voltar a crescer'.
No seguinte à prisão de seu amigo Temer na Polícia Federal em São Paulo, Marun chegou a dizer ter o encontrado ‘indignado, inconformado’. Em nota oficial publicada nesta quarta, acrescentou que a decisão 'escancara' também a necessidade da rápida aprovação de legislação que puna os abusos de autoridade.
"A decretação desta prisão se constituiu em abuso acintoso e o cidadão tem que ter como esboçar uma mínima reação quando vítima de situações como estas. E não adianta esta estória de que para isto existem outras instâncias. Instâncias superiores corrigem erros, mas não reparam danos quando já causados. Outra coisa positiva é que a Decisão reforça o sentimento de Segurança Jurídica tão necessário para que voltemos a ser um país apto ao recebimento de investimentos externos. Penso que é hora de fazermos o Brasil decolar. Mãos à obra pois amanhã pode ser tarde demais", afirma.
Temer foi preso por ordem do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) no âmbito da Operação Descontaminação, desdobramento da Lava-Jato que atribui a ele o papel de líder de organização criminosa para desvios de R$ 1,8 bilhão ao longo de 30 anos de crimes.
Marun analisou ainda que a liberação do ex-presidente abre espaço para o 'estabelecimento de uma relação mais colaborativa com o Congresso, fundamental para a aprovação da Reforma da Previdência, e para uma análise mais racional do Pacote de Moro, que propõe algumas coisas boas que merecem ser incluídas no nosso Ordenamento Jurídico', em suas palavras.