Publicado em 29/05/2018 às 07:48, Atualizado em 29/05/2018 às 11:53
“Não adianta o Governo achar que vai receber [o ICMS], porque não vai”. afirma o presidente da Fiems, Sérgio Longen.
Por conta da greve dos caminhoneiros, que já dura mais de sete dias com manifestações e paralisações em todo o Brasil, o setor industrial de Mato Grosso do Sul está sofrendo perdas de R$ 100 milhões por dia. Desde sexta-feira, quando 100% das indústrias suspenderam suas operações, o prejuízo estimado já chega a R$ 400 milhões. O montante leva em consideração o valor bruto da produção industrial de MS, que é de R$ 33,6 bilhões por ano.
As informações são de levantamento realizado pela Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), com base na pesquisa industrial anual do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na tarde de ontem, foi realizada uma reunião na sede da Fiems com integrantes do Comitê de Monitoramento da Crise, que inclui diversos órgãos e entidades, como Associação Comercial, Famasul, Fecomércio, Sebrae, Energia, Infraero, Semagro, Sefaz, entre outros. O objetivo era discutir os atuais problemas e possíveis soluções.
De acordo com o presidente da Fiems, Sérgio Longen, além do prejuízo diário de R$ 100 milhões no setor industrial, o Estado de MS deve deixar de arrecadar pelo menos metade da receita de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O comércio também sofre com a parasalição: no fim de semana, o movimento dos centros comerciais da Capital caíram em 60%. E todas exportações do Estado também foram suspensas. “Os empresários já estão alertando que não terão dinheiro para pagar impostos e salários dos funcionários”, reforça Longen. “Não adianta o Governo achar que vai receber [o ICMS], porque não vai”.