O desembarque da bancada do MDB da base aliada do governo é visto com tranquilidade pelo governador Reinaldo Azambuja (PDSB). “É uma questão política por causa da pré-candidatura do MDB ao governo. Mas não vão deixar de votar projetos importantes para o Estado. Não acredito que tenha uma ruptura total. São pessoas responsáveis”, afirma o governador, em entrevista exclusiva ao Campo Grande News.
Apesar de demonstrar tranquilidade com a decisão do MDB na Assembleia, Reinaldo faz questão de lembrar que na eleição de 2014, quando o cenário foi inverso, com um governo do então PMDB, os deputados estaduais tucanos não deixaram a base aliada. Pela manhã, o presidente da Assembleia Legislativa, Júnior Mochi, e o deputado estadual Eduardo Rocha, ambos do MDB, foram à Governadoria.
Os parlamentares relataram que foi uma questão política, considerando a pré-candidatura de André Puccinelli (MDB) ao governo. Eles asseguraram que o partido seguirá apoiando os projetos relevantes para o Estado, mas dizem que, em razão da disputa eleitoral que se aproxima, preferiram definir um posicionamento.
Nos dois partidos, há quem defenda, ainda, que a aliança mantida há decadas seja preservada, inclusive com uma chapa única para a disputa ao governo do Estado. No fim de semana, ao comentar essa possibilidade, o líder emedebista André Puccinelli rejeitou a ideia. Reinaldo, porém, tem mantido discurso mais moderado, de que em política tudo pode acontecer e que as definições, mesmo, vão ficar para o começo do segundo semestre.
Maioria -
Mesmo com a saída do MDB, a base aliada do governo é maioria na Assembleia Legislativa, com apoio de 13 dos 24 deputados. Fazem parte deste grupo os parlamentares do PSDB, PSD, Democratas, Solidariedade e PEN. O MDB tem sete deputados.
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