Ponte Preta e Corinthians em uma final de Campeonato Paulista. O passado remete a duas conquistas corintianas – principalmente em 1977, no final da fila de quase 23 anos, mas também em 79. Desta vez, a Macaca espera acertar as contas com o destino e aplacar as frustrações com o primeiro título de expressão da sua história. A partir deste domingo, às 15h, em um Moisés Lucarelli lotado, as equipes começam a escrever um novo capítulo dessa rivalidade. Cada um aposta naquilo que tem de melhor, que é justamente aquilo que eles mais precisam para fazer do jogo de ida um passo importante rumo à taça.
Em casa, com o apoio incondicional da torcida, que esgotou os ingressos em sete horas, a Macaca conta com as estrelas de Pottker e Lucca para repetir a fórmula que deu certo até aqui no mata-mata, contra Santos, nas quartas, e Palmeiras, nas semifinais: vitória na primeira partida para depois administrar a vantagem. Já o Corinthians se apoia em seu sólido sistema defensivo para segurar o ímpeto da Ponte em Campinas e levar um bom resultado para decidir em Itaquera, no próximo domingo.
O duelo entre artilheiros da Ponte e o paredão corintiano promete dar o tom da primeira final. Pottker e Lucca têm feito a diferença para a Ponte no Paulistão. O primeiro tem nove gols e divide a artilharia do estadual com Gilberto, do São Paulo, já eliminado. Lucca, emprestado pelo Corinthians, tem sete - um deles contra o Timão, no empate por 1 a 1 entre os times pela primeira fase. Juntos, os dois têm 16 dos 22 gols da Macaca na competição – 72,2%. O Corinthians marcou 18 vezes em 16 partidas. Jô, com seis gols, é o principal goleador do Timão.
Agora, Pottker e Lucca terão pela frente a melhor defesa do estadual. O Corinthians sofreu apenas 12 gols até aqui - média de 0,75 por jogo. O desempenho melhorou ainda mais na fase decisiva. Nos últimos quatro jogos, a partir das quartas de final, Cássio foi vazado apenas uma vez – empate por 1 a 1 com o São Paulo, na arena. Ao todo, o setor passou invicto em oito dos 16 jogos. Se mantiver o retrospecto, a defesa garantirá uma situação confortável para o Timão na volta.
O mistério marcou a preparação da Ponte para a partida deste domingo. Com Marllon suspenso por três cartões amarelos, Gilson Kleina fechou os treinos de quinta e de sexta para definir o substituto. Fábio Ferreira, cria do Corinthians, e Kadu, outro que também já defendeu o Timão, disputam a vaga.
Por outro lado, Kleina conta com as voltas de Reynaldo, após cumprir suspensão, Nino Paraíba e Renato Cajá, recuperados de lesões. Com força praticamente máxima e a casa cheia - a expectativa é de um público de 17,5 mil, a Macaca espera aproveitar a atmosfera positiva para fazer valer o mando de campo e se aproximar do sonhado grito de "campeão".
A semana do Corinthians serviu para a recuperação física dos principais jogadores, desgastados pela longa sequência de jogos em abril. O Timão vinha de uma maratona de quase três meses com jogos às quartas-feiras e domingos. A boa notícia é que nomes como Jadson e Rodriguinho, que conviviam com dores, estão 100% para a decisão.
Por outro lado, é necessário tomar cuidado com os pendurados. São nove (oito titulares): Fagner, Guilherme Arana, Gabriel, Maycon, Jadson, Rodriguinho, Romero, Jadson, Jô e Léo Jabá. Curiosamente, os únicos livres são o goleiro Cássio e os zagueiros Balbuena e Pablo.
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