A denúncia de que alguns dos maiores frigoríficos do Brasil produziriam produtos adulterados com fiscalizações brandas por parte do Ministério da Agricultura, foco da Operação Carne Fraca, assustou a população brasileira, que só em 2016 consumiu 18,8 milhões de toneladas de carne.
Cerca de 30 empresas são alvo da Operação. Dentre as denúncias, estão amostras de carne estragada comercializada em supermercados, salsichas adulteradas e até de adição de papelão em lotes de frango.
Para evitar passar pelo constrangimento de levar um destes lotes para a mesa, separamos algumas dicas para o consumidor identificar a carne estragada. Confira abaixo:
Prefira carnes novas
Peça ao açougueiro produtos mais novos, que tenham poucos dias desde a data de produção. "O tempo trabalha contra a conservação de todo alimento, mesmo dentro do período na etiqueta", diz o chef Istvá Wessel, especialista em carnes.
Não confie apenas na validade
O período de 60 dias de validade, comumente estipulado pelos frigoríficos, só é realmente válido se a carne for mantida na temperatura ideal nesse tempo todo. Acidentes de percurso, como a carne ser levada a outro setor do supermercado, podem diminuir esse prazo - e muito.
Confie no seu nariz
"A carne em condições normais não tem cheiro de nada", diz Wessel. Odores incomuns aparecem invariavelmente dos produtos em decomposição ou adulterados quimicamente. Apenas a cor não é suficiente para identificar irregularidades, já que pode ser alterada por diversos fatores. E mais: não tenha vergonha de pedir ao açougueiro para cheirar a peça antes de decidir se leva para casa ou não.
Evite armazenar por muito tempo
A temperatura ideal para armazenamento da carne é de 4°C C, explica Wessel, enquanto que na geladeira a temperatura média é de 8°C. O recomendado é que a carne não fique mais de dois dias na geladeira, enquanto que no freezer o prazo pode ser de até 30 dias.
Escolha locais de confiança
A contaminação da carne depende da procedência do produto: desde a criação do gado no campo, ao abate, ao corte passando pela estocagem, distribuição e armazenamento. Conhecer qual é a procedência do produto depende de perguntar ao açougueiro e de procurar pela cidade para saber quais são os açougues de maior confiança.
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