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Com golaço de cobertura e falha de Denis, Palmeiras vence o São Paulo

Verdão vence o clássico com enorme facilidade dentro de casa. Goleiro do Tricolor vacila no último gol

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Divulgação: Djalma Vassao

Não era Rogério Ceni no gol, mas o ídolo são-paulino viu de perto mais uma vez o Palmeiras vencer o São Paulo no Palestra Itália com um golaço de cobertura. Neste sábado, o Verdão bateu o Tricolor por 3 a 0 com uma pintura de Dudu, do meio campo, um belo tento de Tchê Tchê, e o primeiro de Guerra com a camisa palmeirense, em jogo válido pela oitava rodada do Campeonato Paulista.

A vitória alviverde mantém o jejum tricolor no Palestra Itália. Desde a reforma do estádio, o São Paulo perdeu os quatro duelos que teve contra o Verdão. Antes deste sábado, foram derrotas por 3 a 0 no Campeonato Paulista de 2015, 4 a 0 no Brasileirão do mesmo ano, e 2 a 1 na campanha do título nacional em 2016.

Nos dois primeiros confrontos citados, inclusive, o goleiro do São Paulo era Rogério Ceni, arqueiro mais vazado na história do novo Palestra Itália com sete gols. Um destes, parecido com o de Dudu neste sábado, quando Robinho, atualmente no Cruzeiro, encobriu o Mito em chute do meio-campo.

“A festa no chiqueiro”, como gritou as cadeiras do Palestra Itália, teve presença da Mancha Verde no primeiro jogo após a organizada anunciar o encerramento de suas atividades. A torcida, porém, compareceu ao Choque-Rei e fez uma passeata antes da partida homenageando Moacir Bianchi, um dos fundadores da torcida.

A partida foi ainda mais especial para os palmeirenses autores dos gols. Tchê Tchê fez sua estreia com a camisa 8 do Verdão, número herdado após a saída de Lucas Barrios, que foi negociado com o Grêmio. O jogo foi também o primeiro do volante após ficar afastado por conta de uma fratura no ombro. Já o camisa 7 e capitão Dudu anotou seu primeiro tento de fora da área na carreira.

O JOGO

As duas equipes entraram modificadas em campo no Choque-Rei. Mandante, o Palmeiras alterou seu esquema tático, retornando ao 4-1-4-1, e retomou a postura ofensiva, contrastando com a retranca na partida de estreia pela Copa Libertadores da América, contra o Atlético Tucumán.

Já o São Paulo foi o oposto. Melhor ataque do Campeonato Paulista, o Tricolor começou a partida no Palestra Itália apostando nos contra-ataques e fazendo uma marcação atrás da linha de meio-campo.

Antes que qualquer análise pudesse ser feita, porém, o Verdão teve sua primeira chance de gol. Logo aos dois minutos, Michel Bastos recebeu na direita e, como é característico, cortou para o meio e soltou a bomba. A bola acertou a rede de Dênis, mas pelo lado de fora, enganando parte da torcida, que chegou a gritar gol.

Muito defensivo, o São Paulo não conseguia chegar a Fernando Prass e foi o Palmeiras quem assustou de novo aos 15 minutos. Dudu cobrou escanteio na área e Vitor Hugo subiu bem, mas tocou para fora.

O Tricolor só começou a equilibrar o jogo na metade do primeiro tempo. Pratto fez o giro no meio de campo e abriu para Thiago Mendes na direita. O volante cruzou e Fernando Prass tirou de soco antes que o argentino pudesse cabecear. A bola ainda sobrou para o atacante, que chutou fraco para a defesa do camisa 1.

Em novo cruzamento de Thiago Mendes, o São Paulo ficou muito perto de abrir o placar. O volante cobrou falta na área, a bola pingou e passou por todo mundo. Prass ficou esperando o desvio que não aconteceu e só olhou a bola passar triscando a trave.

A partida caiu tecnicamente e o jogo ficou feio, com os dois times abusando dos passes errados e faltas no meio-campo. Foi então que Dudu embelezou o Choque-Rei. Egídio roubou bola de Buffarini na direita e rolou para Dudu. O camisa 7, de costas para o gol, deu toquinho para girar e finalizou de muito longe, encobrindo Dênis e anotando um golaço para dar a vantagem ao Palmeiras.

Atrás no placar, o São Paulo voltou do intervalo modificado e Wellington Nem entrou na vaga de Jucilei para deixar a equipe mais ofensiva. O Tricolor até esboçou reação e assustou aos cinco minutos em cobrança de falta de Júnior Tavares, que foi para fora. Logo em seguida, porém, o domínio do Verdão foi retomado.

Com oito jogados, Michel Bastos deu toque de calcanhar para Fabiano, que avançou pela direita e cruzou na área. Denis não conseguiu afastar e a bola sobrou para Willian, que dominou e bateu forte, exigindo linda defesa do goleiro tricolor. No rebote, Dudu mandou um voleio, mas jogou por cima do gol.

Logo em seguida, porém, o Verdão conseguiu ampliar para ficar tranquilo no jogo. Michel Bastos encontrou Tchê Tchê com espaço próximo à área tricolor. Pelo lado direito, o volante ajeitou para a canhota e chutou firme, no canto de Denis, que não conseguiu alcançar.

O Tricolor se abriu ainda mais após o segundo gol e Rogério Ceni colocou Lucas Fernandes na vaga de João Schmidt. O São Paulo, porém, só conseguiu assustar em um erro de Yerry Mina, que tocou a bola nos pés de Luiz Araújo. O jovem deu boa enfiada para Pratto, que entrou na área, mas chutou fraco, facilitando a defesa de Fernando Prass.

Na metade da etapa final, a torcida alviverde voltou a vibrar, mas não era ainda com outro gol do Verdão. Miguel Borja entrou na vaga de Willian e foi ovacionado pelos palmeirenses. Pouco depois, o colombiano teve a primeira chance, mas finalizou por cima o ótimo passe de Guerra.

Com 25 jogados, no entanto, Borja teve participação direta no terceiro do Verdão. O colombiano foi lançado pela direita, disputou no corpo com Douglas e conseguiu tocar na bola antes da saída de Denis. Guerra chegou dividindo com a zaga e bateu na bola, que entrou devagarinho e morreu nas redes.

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